André de Resende 55 S.L. Benfica 97
Excelente jogo em pavilhão completamente lotado e equílibrio em trinta minutos do jogo !
Parciais : 17-24; 5- 27; 16-21 e 17-25
Que jogo bonito de ver! Duas equipas que sabiam ser diferentes na qualidade técnica, condições de treino e experiência de competição. Os benfiquistas têm em Goran Nogic um dos melhores treinadores a actuar em Portugal e um plantel recheado de internacionais. A estes chegam ainda os vários reforços e que esta época regista um base de qualidade superior: Gonçalo Ferreira, vindo da Académica de Coimbra.
A André de Resende tem no seu colectivo a grande arma e foi um espanto para quem não acompanha o basquetebol, ver que as duas equipas jogaram sempre em equilíbrio com ligeira vantagem para os lisboetas.
Começaram os eborenses a dominar a partida com alterações defensivas constante e contra ataques de belo efeito. Diogo Ganhão afundou na cara de um adversário em pleno ataque de posição. O público entrou em delírio. Seria possível que a André de Resende mostrasse esta insolência?
No 2º período o decréscimo de produção de Diogo Ganhão e especialmente de Alexandre Cuco, deixou os visitados em situação vulnerável. A leitura de Carlos Valente e Nuno Costa aliada à velocidade de Pedro Fadista e Filipe Orvalho esbarravam com o ascendente da defesa adversária e a inspiração de C. Salamanca.
Na 2ª parte os eborenses partem para uma defesa em campo inteiro rodando todos os seus atletas para tarefa tão desgastante. Que enorme exibição! Cuco e Ganhão voltaram a ganhar ascendente e os outros bases faziam o resto. Os atletas do banco entravam no jogo acrescentando sempre algo e aí Pedro Banha, os irmãos Marques e Ricardo Carvalho foram mais afoitos. Moran foi como é habitual muito empenhado e Júluo Serra ainda vai dar que falar esta época!
Mas os 9 triplos dos encarnados, a eficácia nos lances livres(18/14 contra 18/9) fizeram a diferença. A evolução do marcador mostra isso mesmo: uma diferença de 7 pontos no 1º período, 3 no 3º e 8 no 4º.
Todos, mas mesmo todos os atletas de Évora estiveram num nível muito bom e demonstraram a qualidade adquirida durante anos. Não treinam durante toda a semana, nem jogam contra atletas profissionais, com outra qualidade e experiência e aí está a explicação da diferença entre estes jovens.
Évora bem que devia ter uma equipa profissional!!
André de Resende: Pedro M. – 2; Pedro Banha 2; Mini –4; Ganhão –18; Carlos –5; Nuno –14; Júlio Serra –; Ricardo C. -; Cuco –14; Fadista –5; Felipe –; Moran -. S.L.Benfica: D.Correia 2, R.Rosa 12,J.Soares 4, S.Silva15, G.Pereira, J.Neves 5,G.Ferreira 6,H. Pereira 2, D.Gameiro 9,K. Stankovic 11, C. Salamanca 25 e R. Monteiro 6.
Nem sempre nos referimos aos árbitros e isso é sempre um elogio. Hoje eles devem merecer um destaque especial.
Igualmente como os atletas e os treinadores, também eles, certamente andaram ansiosos durante todo o dia do jogo. Afinal não é normal haver jogos desta qualidade e entusiasmo no Alentejo. Estiveram muito bem e como é normal nestes jogos, a pressão de público atletas e treinadores era enorme. Miguel Almeida e Gonçalo Pascoal lidaram muito bem e foram cumprimentados por tal. O nível cultural e naturalmente pessoal dos árbitros no Alentejo está muito acima do que nas últimas épocas vinha acontecendo. Esta mudança, traduzida na passagem de experiência de árbitros mais velhos que se distinguem pela postura virada para a essência do jogo, para com jovens de educação e postura digna de registo, traduzem-se em jogos onde já não há memória de actos de indisciplina de ninguém. A mudança começou nos árbitros!
A arbitragem do Alentejo está de parabéns!
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