André de Resende 50 Belenenses 43
Évora tem uma das equipas mais competitivas de sempre. Esta época já mereciam o podium, pois as expectativas já são altas. A qualidade individual, colectiva e o espírito de ambição que demonstram fazem dos seus jogos momentos muito atractivos. Igual destaque merece a arbitragem (leia abaixo porquê).
Excelente jogo, equilibrado até final e com uma arbitragem que nos deixa a todos com o desejo que fosse sempre assim!
O Belenenses tem excelente equipa com qualidade técnica e táctica apreciáveis sendo as lisboetas muito semelhantes às eborenses nas virtudes e defeitos! Ambas ficam fora dos três primeiros lugares atrás do Basket de Almada, equipa muito física . A falta de uma jogadora poste é o calcanhar de Aquiles das Eborenses, que se tivessem vencido o BAC (como poderiam) entravam na última jornada a lutar pela subida à 1ª divisão.
Como tem sido habitual Catarina Moreira é um pêndulo de relógio suíço: rigorosa, empenhada e faz a equipa jogar fez mais uma vez um duplo duplo 12 ressaltos 11 pontos. Gabi voltou a repetir a "graça" 13 ressaltos 10 pontos. Sofia Meira é aquela máquina que só trabalha em alta rotação. O último jogo tinha-lhe corrido particularmente mal, mas os profissionais são assim: à entrada do último período foi decisiva na reviravolta do marcador. Marta Baúto pode ter feito a sua melhor exibição da época; Matilde, Mariana e Inês Pechincha são já regulares nas suas exibições e a equipa depende das suas prestações. Neste jogo Lisha, Carolina, Maria e Filipa jogaram menos tempo mas permitiram a rotação necessária para a equipa entrar no último período e vencer.
Uma referência para a arbitragem pois este jogo merece a reflexão de todos no Alentejo. A qualidade das arbitragens começava a deixar preocupados todos os que gostam de ver basquetebol na nossa região. Durante tempo demais, sem NUNCA se questionar a isenção dos árbitros, os jogos demoravam sempre mais de duas horas, cada equipa tinha perto de 30 faltas e as idas para lance livre começavam aos 2 minutos de cada período.
A nomeação de Luís Taleigo, jovem Setubalense veio demonstrar que os árbitros alentejanos, desde que bem enquadrados têm enorme margem de evolução. Na abordagem ao jogo cedo demonstrou pela assertividade e com qualidade acima da média. Daniel Santos, um jovem eborense a quem todos augurávamos grande futuro, não se via ao longo dos jogos qualquer evolução e desta vez fez a sua melhor arbitragem de sempre! Discreto como é seu timbre, correcto e com excelente relação com todos (como sempre foi e diga-se em abono da verdade, TODOS os árbitros no activo têm esta qualidade, mas... chegado ao fim do jogo e todos os intervenientes demonstravam a admiração a ambos!
Os árbitros, como os atletas e treinadores evoluem com os melhores e não com os da sua igualha. Preocupam-se em entender o jogo e ter nele a menor interferência possível. Foi o que estes árbitros fizeram. A arbitragem do Alentejo foi entregue pelos dirigentes associativos a quem claramente não tem perfil para o fazer e preveem-se tempos de constantes conflitos, mas Daniel Santos, bem liderado por outro jovem com mais qualidade e experiência veio demonstrar que há esperança de evolução...nos árbitros!
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