17/11/2015

André de Resende e a dura realidade!

AnResende/AE Un. Évora 58 X Scalipus 82

Como foi possível estar a vencer e sofrer 42 pontos em 11 minutos?

Parciais – 13-15, 17-19, 11-17, 17-31
Marcadores: Inácio 10,Mika 8, Miguel, Galvão 2, Duarte 2, Moran, Diogo 8,Kadinho 2,Godinho 6, Alex, Mini 13, Nuno 8
Turn over Diogo 9,Mika 4, Inácio 3
   O jogo opunha dois candidatos aos primeiros lugares. Os visitados vinham de três vitórias consecutivas e o Scalipus de quatro. A realidade do princípio do jogo mostrava uma André de Resende lenta, pouco agressiva a defender e no ataque a postura de um conjunto de atletas que não são capazes de mostrar química entre si. O oposto mostravam os homens do Sado, que demonstrando o quanto queriam ganhar ganhavam ressaltos sucessivos na tabela oponente e realizavam assim muito mais ataques do que o adversário. O intervalo chegava assim com 30-34.
   No terceiro período os da casa finalmente jogavam como a equipa do ano anterior e o público pôde ver atletas agressivos a defender e rápidos em contra ataques. Valeu-lhes a liderança no jogo com um parcial de 11-6. Tudo estava encaminhado para uma vitória. 
   Parece mentira, mas aconteceu . A André de Resende a 1 minuto do final do 3º período sofre um parcial de 11-0 e no último período perde por 17-31!
Como foi possível um tamanho parcial com alguns atletas tão experientes? O adversário nem fez neste período nenhuma alteração tática, mas um só jogador do Scalipus concretizou 7 triplos consecutivos. É certo que o treinador da André de Resende não teve engenho tático para contrariar tal infortúnio, mas não é menos verdade que a dura realidade mostra uma equipa que usa mais acções individuais do que colectivas e alguns atletas pouco ou nada acrescentaram quando estiveram em campo. Para se ter uma ideia, metade dos atletas não têm nenhum registo estatístico a não ser no tempo de jogo e muitos deles terminaram o jogo apenas com uma falta em mais de 10 minutos jogados. A mesma metade da equipa não ganhou UM ÚNICO ressalto defensivo. Diz bem da postura competitiva. A dura realidade é que a André tem excelentes executantes individualmente mas que têm manifesta dificuldade em jogar a este nivel, porque lhes falta robustez psicológica para competir.
   Neste cenário, merece destaque Inácio Fernandes que foi quem mais lutou, dando o exemplo de empenho e agressividade. Apenas Micael Duarte esteve perto. João Marques só apareceu quando o jogo estava mais do que decidido e Diogo Ganhão (8 pontos e 9 turn overs) esteve tempo demais em campo e muito abaixo do que sabe. É igualmente verdade que foi bem defendido pelos seus adversários, mas não soube lidar com esse aspecto. É jovem e naturalmente vai aprender com a competição.
   André de Resende viveu dura realidade. Não se pode acusar os atletas de falta de empenho, mas o treinador ainda não conseguiu fazer uma equipa, os atletas optam por realizar mais acções individuais do que colectivas. Poucos são os que em campo bloqueiam os defensores diretos dos seus colegas, para que estes possam ter um lançamento fácil. Poucos se empenham na defesa de tal forma que o público se empolgue ao ver. Enquanto jogarem desta forma, só ganharão aos competidores mais fracos! 

Torneio de Abertura-Sub 14 Femininos    2ª Jornada-Pavilhão André de Resende

André de Resende X Salesianos Évora x Atlético de Reguengos 
O objectivo destes torneios foram a promoção do basquetebol feminino e o surgimento de mais atletas e equipas femininas. A André de Resende não entendeu no evento da 1ª jornada e as jovens não se apresentaram com os cartões de cidadão. Alguns, felizmente poucos, entenderam o facto com a gravidade que objectivamente não tinha. 
   A segunda jornada, organizada pela André de Resende proporcionou uma manhã animada para todas as participantes e para mais algumas se as houvesse. A excelência do evento só aconteceu porque todos os adultos fizeram o que se espera deles nestes torneios: colocar as crianças a jogar, deixá-las divertir-se.
Foi o que aconteceu com as quatro equipas e todos os seus treinadores estão de parabéns. Os resultados tiveram imensa importãncia para as petizes enquanto decorria o jogo, mas não para esta crónica. 
A organização foi EXCELENTE e para tal contribuíram uma equipa fannnntástica:
Sara Zambujo, Sofia Pinto, Margarida Júlio, Tânia Murteira, Susana Favarica, Isabel Chaparro, Vitor Gonçalves e Carlos Ramos.  
   Mas é justo elogiar o homem que esteve sempre a liderar a organização: MANUEL RITA. 
 Provavelmente quem assistiu nem percebeu que foi ele o cérebro da eficaz organização. As jovens só tiveram que se preocupar em jogar e tentar ganhar. O resto tratou este dirigente! 

Sub 14 André de Resende  25  X Estrela F.C.  76
  O público não arredou pé só para ver jogar os miúdos
Que jogo mais bonito realizou a equipa de João Marques! Com efeito o treinador merece o elogio especial, pois as crianças absorvem tudo o que ele diz e tudo o que lhes transmite está correcto.
O adversário era constituído por rapazes e raparigas de 14-15 anos, os petizes têm entre 10 e 14, ou seja, nestas idades a diferença é enorme. Não estava em causa o resultado.
 Os miúdos pressionaram campo inteiro, correram sempre muito para chegar mais cedo ao cesto adversário, marcaram contra ataques e até...triplos!
Um regalo para a vista.
Jogaram: Vasco, Pateiro, Tomás, Tiago, Gugas, Zé Ramos, Rui, Banha, Rita, Cândido

Sub 16 Atlético de Reguengos 121  X André de Resende  41
Não era fácil fazer melhor
Jogaram:
Começa a crónica pela excelência de alguns. João Calçada e Pedro Serrano.
Estes dois dirigentes interromperam os seus afazeres profissionais e deslocaram-se de  entre Beja- Évora- Reguengos  para que estes jovens sub 16 pudessem jogar. Os rapazes perderam, é certo, mas mostraram a postura de seriedade e empenho que merece elogio. O resultado passou a secundário, quando todos eles, atletas e dirigentes mostraram uma postura brilhante. É com gestos destes que se formam jovens de Excelência.
Os atletas dos sub 16 que se bateram de forma brilhante, embora perdendo por números esclarecedores, souberam aprender esta lição. Muitos dos atletas que hoje são seniores, também perderam muitos jogos por diferenças ainda maiores e hoje jogam a um nível superior.

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