02/02/2017

Mais uma final ganha...faltam 2!

Campeonato nacional da 1ª divisão       Atlético Reguengos 57 André de Resende 59
Cesto da vitória a 0,3 segundos do fim
foto, cortesia unirádio

 Jogo emotivo em que nenhuma das equipas podia perder. O Atlético deixaria de depender de si próprio para chegar ao play-off e integrar o grupo final, a André de Resende para se manter na discussão de o conseguir, ficando nos dois primeiros lugares.
   Início muito prometedor dos eborenses que chegaram a 6-0 com ataques serenos e bem seleccionados. Reage o Reguengos e com um triplo e um contra ataque equilibram. A partir daqui esta foi a tónica dominante: 16-15 no final do 1º período, 30-30 ao intervalo. Os primeiros minutos da 2ª parte foram de um desnorte completo da André de Resende com erros infantis de alguns atletas que têm sido dos mais influentes na equipa. Nos maus momentos surgem os bons e Micael Duarte estancou o problema. Novo equilíbrio no final do 3º período 43-44 com 5 pontos consecutivos de Duarte Imaginário. Entrada no último período e Inácio Fernandes é retirado do jogo com 5 faltas. Esta era a mais do que esperada das situações e todos os elementos da André de Resende sabiam que tal aconteceria, pelo que ninguém perdeu a calma. O mesmo árbitro assinalou-lhe as 5 em 20 minutos!!! 
   A 2 minutos do final a André de Resende chega aos 57-53 e pensou-se que o vencedor estaria encontrado. João Mancha converte um triplo e Tiago Fernandes empata o jogo da linha de lance livre a 10 segundos do final. Um desconto de tempo permite à André de Resende definir a sua última posse e Diogo Ganhão foi gigante, assumindo a bola final e convertendo dando a vitória. 
   O muito público de Reguengos ficou certamente triste com o resultado mas não com o jogo. O Atlético foi valente, usando a sua melhor arma que é a agressividade defensiva para sair para o contra ataque. A André de Resende procurou em várias soluções para os muitos problemas que iam surgindo e teve o mérito de nunca perder a razão, vencendo uma partida muito importante.
   Um registo que os presentes verificaram antes, no intervalo e no final: Os elementos das duas equipas que lutavam bravamente pela vitória, conviviam com amizade nesses momentos entre si e com o muito público presente para um jogo á noite e a meio da semana.
   Uma palavra final para a arbitragem. Num jogo que se sabia ir ser emotivo exigia-se calma, ponderação e muita pro-atividade. Manuel Marchante foi tudo isto. Estas foram aliás as características que guindaram este jovem a presidente da Associação de Estudantes da Universidade de Évora. Aplica com inteligência as qualidades pessoais na arbitragem e isso faz-lhe granjear o respeito de TODOS os atletas e treinadores. Raramente usa o apito para se impor. Raramente marca faltas técnicas e certamente nem se lembra de expulsar um atleta do jogo. Esse é sem dúvida o melhor elogio que se pode fazer a um árbitro e não havendo muitos no Alentejo, felizmente ainda há quatro ou cinco que se podem orgulhar de o conseguir nos seus jogos.  Nos novos dirigentes da arbitragem regional destaca-se o exemplo de José Coincas. A sua postura de enorme correção faz com que todas as equipas que jogam no Alentejo gostam que seja ele o juiz das suas partidas. Nos jovens, Luís Lopes é o mais promissor mas Rui Nepomuceno mostra a mesma postura.
   A melhor forma de avaliação é quando atletas, treinadores e árbitros conseguem estabelecer relação de respeito e amizade para lá do jogo.

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