O público acedeu ao apelo e encheu a galeria. Os atletas da André de Resende empolgaram-se e não permitiram ao adversário qualquer veleidade. Quase no final do terceiro período, a vantagem já era de 16 pontos. Mas vamos à história desde o início.
A equipa que vencesse em duas mãos este play-off avançaria para a disputa do clube que no próximo ano estará na proliga.
Na semana deste momento decisivo o clube perde Diogo Ganhão para a equipa da Ilha Terceira e vê-se impossibilitado de utilizar Inácio Fernandes no primeiro jogo, por razões familiares.
jogo 1 I. S. Técnico 68 x André de Resende 47
A André de Resende pretendeu desde o início ter o jogo controlado para que em Évora o pudesse decidir. O início mostrou esse equilíbrio e só uma falta ingénua de João Godinho que o afastou do jogo, permitiu ao Técnico ganhar vantagem. No 2º período a toada foi idêntica com ataques controlados e uma defesa que ia cometendo erros para os quais estava avisada, mas ainda assim dava lançamentos triplos aos lisboetas. O intervalo foi mau conselheiro para a André de Resende, que sofre em 10 minutos os mesmos pontos que tinha permitido na 1ª parte: 26-8! A eliminatória ficaria quase decidida. Alguns jogadores demonstravam uma debilidade quase infantil.
Os números demonstram as razões da derrota:
Os lançamentos perto da área do cesto realizados pelos homens mais altos foi de um ridículo 28%. João Godinho (8) apenas conseguiu 2 cestos nesta área. Ricardo Carvalho (6) nem sequer lançou neste espaço do jogo, e os restantes atletas com mais de 1,90 Alexandre Coelho e Gonçalo Santos marcaram... Zero. Restavam os jogadores exteriores onde Nuno Costa foi brilhante ao fazer um duplo duplo - 21 pontos e 13 ressaltos. Os restantes atletas exteriores registaram Micael (6) Mini, Duarte e Galvão com apenas 2 pontos cada! Estes permitiram que os seus adversários convertessem 8 triplos! Saldo muito negativo, para quem conhecia este ponto forte no seu adversário.
Ficou a esperança de recuperar 21 pontos em Évora.
Pavilhão cheio, esperança...alguma, orgulho...muito ferido !
jogo 2 André de Resende 47 x I. S. Técnico 45
1ºperíodo:15-7 ...8 pontos recuperados
2ºperíodo 08-10...apenas 6 recuperados
3ºperíodo: 19-10 e chegaram a estar 16 pontos recuperados
A 5 minutos do final o desespero leva os atletas da André de Resende a forçar triplos na ânsia de conseguir os 7 pontos que faltavam. O banco eborense já não tinha descontos de tempo e o desespero retirou a clarividência. Resultado: 5 minutos sem pontos e eliminatória decidida em que a linha de lances livres ajudou (16 em 28).
Os lançamentos perto da área do cesto realizados pelos homens mais altos voltou a ser muito fraco:25%. Inácio Fernandes faz duplo duplo (17 pontos-14 ressaltos), Micael (9) voltou a ser o 2º homem. Duarte Imaginário (5) começou muito bem, mas desapareceu a partir do 2º período e o homem do jogo anterior - Nuno Costa (9) fez 1 em 17 em lançamentos de campo.
Moran, Ricardo, Alexandre Coelho e João Marques ficaram a Zero.
João Godinho merece destaque:
O veterano atleta foi sempre reconhecido entre os amantes da modalidade pela sua postura, não apenas nos clubes por onde passou, como igualmente o ter feito em toda a sua evolução como atleta. No jogo de Lisboa o atleta lesiona-se num lance de grande entrega. Complica a vida à sua equipa, que sem ele teria ainda menos hipóteses de marcar perto do cesto. Jogou toda a 2ª parte.
No dia seguinte apresentou-se no pavilhão com uma lesão num dos pés que impressionou todos os presentes. Tinha feito tratamento durante horas, para assim ajudar os colegas. Jogou 12 minutos e ainda ganhou 5 ressaltos. Um profissional!
Igual elogio merecem os atletas do IS Técnico. Brilhantes e leais na luta, foram sempre de enorme elevação e correcção em ambos os jogos. Isso ficou demonstrado em todos os (normais) momentos de maior emoção. A educação e postura demonstrada, demonstraram que os amigos do nosso Alexandre Cuco são mesmo jovens de topo.
Infelizmente o jovem treinador não demonstrou estar no mesmo patamar, revelando pouca correcção e respeito pelos adversários, quando receou que a eliminatória estivesse perdida. Tem bastante a aprender com os seus atletas!
Igual elogio merecem os atletas do IS Técnico. Brilhantes e leais na luta, foram sempre de enorme elevação e correcção em ambos os jogos. Isso ficou demonstrado em todos os (normais) momentos de maior emoção. A educação e postura demonstrada, demonstraram que os amigos do nosso Alexandre Cuco são mesmo jovens de topo.
Infelizmente o jovem treinador não demonstrou estar no mesmo patamar, revelando pouca correcção e respeito pelos adversários, quando receou que a eliminatória estivesse perdida. Tem bastante a aprender com os seus atletas!
Minis vencem em Beja 10- 144
A André de Resende participa pela primeira (e provavelmente última) na famosa Liga mini 12. Os jovens eborenses deslocaram-se a Beja e venceram por números esclarecedores.
O formato da competição comprova o esgotar dos convívios de minibasquete e assemelha um jogo de crianças a um de adultos. Um modelo errado que deve ser revisto. Várias associações abandonaram este modelo.
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